Minhas participações



Três Poemas de Ana Paula de Souza na RUAL

Posso dizer que algumas vezes fui agraciada com oportunidades e amigos surpreendentes que tornaram possíveis coisas que tinha certeza: eram improváveis. Posso me alegrar em dizer que não me contive aos limites territoriais do meu país e que, por alguns dias ao menos, algumas pessoas me leram de outro lugar, que não fosse o seio onde sempre habitei.

Estou nas páginas 241 e 242 da RUA-L, edição nº10 sobre Literatura e Cinema e você pode ver minha participação a seguir:


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Lamentos de uma ninfa( Autoria: Ana Paula de Souza e Danilo Sampaio)




Morri umas oitocentas vezes,
na peleja da sorte.
Às vezes, nos braços da morte,
que me beija.

Do Olimpo, ouvi umas oitocentas preces.
Vi paraíso, vi abismo...
Vieste e me deixaste.

Pintei oitocentas vezes teu sorriso
em minha lágrima.
Mas mesmo este clima,
o juízo dos deuses apaga.
Dos céus que minha alma afaga,
fiquei apenas com a chuva.

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Talvez te desesperes, mas sei que não te curvarás,
jamais aceitarás o fel dessas taças,
nem os sonos mortais dos deuses.

Logo verás como é vasto meu amor,
ainda mais que esse deserto,
ainda mais que tudo .
E não sofrerás a fratura de gestos cruéis,
nem amputação de suas asas perfumadas
pela ternura que nos aproximou.

Chegarei em tempo e,
se só restou a chuva,
é nela que caminharemos...

Autoria: Ana Paula de Souza & Danilo Sampaio
Créditos de imagem: Pixabay Licence


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Música Pandora( Letra: Ana Paula de Souza; música: Osny Alves)



Há algum tempo eu fiz um texto, despretensiosamente, sobre a minha visão sobre a atualidade, de como as pessoas deixaram seus valores para ter um preço, de como o cenário de terror que nos adentra nos traz um desejo quase utópico de viver em um mundo interior, onde nenhuma tragédia acontece. Estava em um dia em que não gostaria de ter notícias sobre coisa alguma, porque tudo o que via me incomodava de certa forma. Então escrevi um poema que denominei como "Pandora", ( que postei narrado no meu canal do youtube "Inútil é me ler, sem fechar os olhos") no qual refletia como se todos os males do mundo realmente tivessem escapado de uma caixa de pandora, que precisaria ser imediatamente fechada.

É uma letra um pouco melancólica porque reflete a era da informação, na qual, ao menos às vezes, a ignorância parece uma benção.
Não existe nenhum objeto mitológico que possa ser fechado e só a esperança pode amedrontar os males do mundo.
Dito isso, venho compartilhar com vocês uma ótima surpresa...
Osny Alves musicalizou a letra do poema que fiz e na voz de Lipe Brazil, surgiu uma das coisas mais bonitas que já ouvi:
Música e vídeo: Osny Alves
Intérprete: Lipe Brazil


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